quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Sobre fotografia

O que eu queria, e caso venha a ter algum tempo nas mãos (o que nos próximos tempos não acredito que aconteça) era fazer aqui uma fotonoveloblog. Acho que era capaz de ficar uma coisa engraçada.

Esta ideia surgiu num chat com o meu amigo artista que é um granda maluco, mas faz umas pinturas que eu vou-ta contar… A ideia dele era fazer a fotonoveloblog “As magníficas viagens de um clip de escritório) em inglês “The magnificent journeys of an office staple”, mas não sei porque acho que vou alinhar nesta ideia.

Eu sempre invejei as pessoas que sabem desenhar, eu não consigo fazer um traço direito, eu não consigo sequer assinar a minha própria assinatura duas vezes iguais, nem sequer a rubrica, sai-me sempre diferente. Eu estou sempre à espera que um qualquer lojista a quem eu passe um cheque mo rejeite ao mesmo tempo que diz:

- Meu amigo, a sua assinatura não é a mesma que a que consta aqui no seu BI, por isso não lhe posso vender este pacote de pastilhas elásticas super-gorila.

Deve ter sido também por esta falta de jeito para ilustrar o que quer que seja com uma caneta/ lápis/ lapiseira/ pincel ou qualquer outro utensílio, que eu casei com uma arquitecta com um talento para essa nobre arte, acima do normal. A sério, eu fico flabbergasted, de cada vez que a vejo desenhar, fico orgulhoso por ela. Acho espantosa a facilidade que ela tem para mostrar o que quer dizer, por imagens tendo por baixo, apenas um papel em branco.

Sendo assim, sem jeito para fazer desenhos, e sem pastilhas para mascar, dediquei-me à fotografia, até cheguei a tirar um curso. Acho sinceramente que não sou lá grande fotógrafo, mas fico contente quando tenho azar e me sai uma fotografia com cólidade! Fico mesmo contente, e tenho partilhado algumas fotos aqui no blog. Acho que é a minha maneira de pintar/ desenhar. Por isso também sou contra as alterações de imagem em computador. Assim como um arquitecto, ou um pintor não usa borracha para emendar os erros/ defeitos, também acho que um fotografo, deve ser o suficientemente bom para não ter de trabalhar as imagens que tira. Ainda por cima hoje em dia, que se pode tirar milhares de fotos e vê-las no próprio segundo sem ter de pagar mais nada por isso (para além claro da máquina, cartão e por vezes flash, que são mais um investimento do que um custo…). Um fotógrafo tem agora essa incrível vantagem (inexistente há uns anos atrás) de conseguir aproveitar e voltar a fotografar um dado momento porque a foto não ficou boa, e conseguiu ver isso no local, imaginem chegar à câmara escura e ver que as fotos estavam uma bela… caca! Não devia ser muito motivador.

Esta história faz-me lembrar a minha querida avó, que uma vez foi viajar a Roma e arranjou uma máquina para poder tirar fotografias àquilo que achasse interessante. A máquina era daquelas à antiga, compridas, com um rolo que tinha duas bolas de cada lado e um travessão no meio, onde para passar a fita de um lado para o outro, a máquina tinha um botão por baixo que fazia qrrrr tau. (bonita onomatopeia esta). A minha avó tirou, tirou, tirou (já não me lembro bem se chegou a tirar mais do que um rolo) e quando chegou a Lisboa e foi revelar as fotos, tinha dezenas de fotografias… do olho! Não é que teve a viagem toda a tirar fotografias com a máquina ao contrário? Foi engraçado, mas fiquei com pena da minha querida avó.

Aqui ficam algumas fotos que tirei este fim de semana, que acho que estão engraçadas (tenho que confessar que a da bola foi a Srª Arqª que tirou). E espero voltar depressa com o fotonoveloblog.


1 comentário:

Anónimo disse...

eh lá!! Tou a ver, pela primeira foto, que continuas a crescer!!!
Abraços BL